podia ser dezembro...

podia ser dezembro...
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a noite de natal chegou cedo à cidade.
é inverno!, e o frio traz a geada que se deita pela manhã.
as manhãs incertas pelo tempo!
o sol traz o frio e a lua a vontade de nos aquecermos.
as pessoas trabalham caprichosamente por uma cidade cintilante e bela.
os dias fazem-nos sonhar… sonhar tanto!
a alva luz que ilumina a igreja, a mais bonita.
a iluminação nas grandes árvores do jardim que de noite não deixam
dormir os pássaros, que dão luz aos namorados que se aquecem com beijos
e promessas de amor.
as primeiras árvores de natal começam a aparecer.
esta vontade transmissível da alegria!
um rasgo de luz invade a pequena cidade.
as montras também estão decoradas com lembranças
e quinquilharias natalícias.
os comerciantes abrem o seu sorriso e convencem
os transeuntes nas boas compras.
os sacos cheios passeiam pelas ruas em Dezembro.
os narizes vermelhos pelo frio fazem contraste com as cores
do rosto branco.
não há neve nem neva, mas o espírito natalício quebra o gelo da rotina,
e a felicidade existe.
existe a paz!
os foguetes são lançados; o fogo-de-artifício é sinal de festa.
os sinos tocam… “será que o sr. jesus já nasceu?”,
interpelou uma criança à mãe…
“parece que sim!”, há crianças a sorrir e ouvem-se gargalhadas à distância.
o fumo sai das chaminés e invade o ar respirável da noite.
para alguns o pai natal não veio este ano; há casas silenciosas!
a festa não pára e há música no ar.
engraçado… a vontade que é abrir objectos embrulhados em papel colorido! …
as famílias parecem aproximar-se e os sorrisos parecem maiores.
hoje o céu está limpo e vêm-se as estrelas.
uma sombra no céu invade o meu sonho… “será que o pai natal já chegou?”…
(novembro2005)