uma mulher

Vestida de cores escuras
trazia em si a neblina da madrugada
antes do raiar.
As peças de roupa eram quase nulas,
ar de pessoa irritante;
Corpo magro que se alimenta do leite
da manhã;
Cara borbulhenta, da alegria de ter nascido;
Lábios roxos do frio;
Nas pernas apenas as meias de vidro…
São 07h00 da manhã,
totalmente cravada;
Uma mulher!...
depois do seu duro turno…
na casa da luz vermelha.

1 comentário:

Maga disse...

Pode ser sempre uma qualquer, (e o nome cria individualidade) e passa a ser qualquer uma no rascunho do dia, que lhe fere as entranhas gastas pela vida, que lhe levou a inocência do sorriso..
Passa a ser só mais uma, que se entrega ao poder e heresia com mel e trago no gosto pálido do prazer..
Acaba por ser sempre uma, e no meio de tantas, alguma, e no meio de muitas.. sempre uma.. única..