Acabo
por me deitar,
aqui,
na cama do cansaço.
aqui,
na cama do cansaço.
Nunca
tive um déjà vu,
mas
este cansaço nunca foi o primeiro.
Recolho-me.
E espero pelo sossego que já se estende por entre os lençóis que me cobrem.
E espero pelo sossego que já se estende por entre os lençóis que me cobrem.
Espero
o momento de partir.
Um
sonho embala-me e deixo-me ir
com
se fosse um bebé.
Sou
grande demais para pedir colo… sou grande demais.
Por
isso, apenas sonho.
Acordo.
A
chuva lá fora. A buzina do carro do homem do pão. As crianças no recreio. O
comboio que passa. O sol que insiste em não aparecer. Uma dor no peito.
Quem me dera ter
continuado a sonhar.
(texto perdido em 2003. encontrado e revisto em 2019)
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